É uma área dentro da ginecologia que se dedica ao tratamento clínico ou cirúrgico de doenças como:

• Disfunções miccionais, que são doenças do enchimento e do esvaziamento da bexiga, como dificuldade de esvaziamento ou incontinência urinária que é a dificuldade em reter a urina, que pode acontecer durante esforço físico, por vezes associada a urgência miccional, que é a vontade imperiosa em urinar;
• Infecção urinária de repetição (3 ou mais infecções ao ano);
• Cistos periuretrais e vaginais;
• Atrofia genital, principalmente quando os hormônios começam a diminuir, próximo ao período de menopausa, aparece como ressecamento vaginal, durante as relações sexuais ou não, realizamos aplicação da radiofrequência, como alternativa à utilização de hormônios em cremes ou via oral;
• Prolapsos genitais, quando os órgãos estão fora do lugar, devido a partos, esforço físico, e à própria ação da gravidade, que podem fazer a bexiga, útero ou intestino “caírem”. São chamados cistocele, retocele, prolapso uterino ou prolapso de cúpula vaginal. A realização de cirurgia reconstrutiva pélvica pode ser a solução para esses casos, ou outra opção não cirúrgica, seria o uso de pessário (dispositivo colocado em consultório, que reposiciona os órgãos) e não necessita anestesia para sua inserção;
• Alterações anatômicas que interferem no bem-estar físico e mental, em que a cirurgia estética genital corrige essas alterações da região íntima.

Ações de prevenção podem evitar o início de algumas doenças e o tratamento visa melhora da condição, quando já instalada.

O Centro de Saúde da Pelve realiza o estudo urodinâmico, exame importante para o diagnóstico das disfunções miccionais. É realizado num ambiente em que prevalece o bem-estar da paciente e sua privacidade, procurando verificar o que ocorre no dia-a-dia da paciente, com o mínimo possível de interferência do profissional que realiza o exame.

A obstetrícia estuda e trata um dos períodos mais importantes da vida da mulher: o período pré, durante e pós gestacional. Esse cuidado já se inicia quando a mulher começa a pensar em gestar, na orientação de cuidados com a saúde, atividade física, alimentação, reposição de vitaminas e hormônios e o que precisar para manter o organismo saudável, para um melhor resultado na concepção e desenvolvimento do feto.
Cada Trimestre tem suas peculiaridades:

• No primeiro trimestre, devido à formação do feto, o cuidado é imenso em relação a tudo que pode entrar em contato com o feto, através da barreira placentária, desde uso de medicamentos, contato com produtos químicos, doenças infecciosas e parasitárias.
• No segundo trimestre, seguimos com os cuidados e observamos o feto através de ecografia morfológica específica para acompanhar o desenvolvimento fetal. Também é o período em que uma investigação mais intensa em relação à diabetes gestacional ocorre.
• No terceiro trimestre, acompanhamos o feto, até que ele atinja a sua maturidade para nascer ou o trabalho de parto propriamente dito. Nesse período os cuidados com a saúde da mãe também são observados, como em todo o período gestacional. Nesta fase algumas gestantes podem ter acúmulo de líquido em membros inferiores, que pode trazer desconforto, mas com alguns cuidados e orientações, isso pode ser minimizado.

Devido a tudo isso e às alterações específicas inerentes a cada paciente, a gestante deve ser acompanhada por um profissional capacitado e, se possível, que já a conheça antes mesmo de engravidar.

Colposcopia é um exame que tem como objetivo a avaliação do trato genital inferior, isto é, colo uterino, vagina e vulva. A principal indicação da colposcopia é a avaliação de alterações do “preventivo” (exame de Papanicolaou ou citologia oncológica cérvico-vaginal).

Foi um método inovador desde o começo, para o estudo das lesões precursoras do câncer de colo uterino e possibilita diagnosticar muito precocemente esta patologia, diminuindo assim as complicações e mortes decorrentes da doença.

Atualmente, existem recursos digitais para captura de imagem ou vídeo em tempo real, permitindo ao médico solicitante visualizar o que é feito em sala de exame, assim como a própria paciente.

Além do diagnóstico das lesões precursoras do câncer no colo uterino, da neoplasia da vagina e de vulva, o exame colposcópico serve como recurso auxiliar para o diagnóstico nas queixas de prurido (coceira) vulvar crônico, alterações de pele (dermatoses da vulva), corrimentos vaginais crônicos, sangramentos vaginais anormais e sangramento ou dor que ocorrem em decorrência da relação sexual, nas suspeitas de infecções sexualmente transmissíveis, principalmente aquelas induzidas por infecção pelo vírus HPV.

Em um ambiente acolhedor, as pacientes são recebidas com uma escuta atenciosa na entrevista médica, com a intenção de serem tranquilizadas, a fim de obtenção de resultados satisfatórios do exame, procurando explicar e orientar sobre os achados ou dúvidas que apareçam durante o exame.

O exame colposcópico pode ser associado a outras técnicas, para colaborar com o diagnóstico, como as biópsias, pesquisa molecular do vírus HPV e biomarcadores tumorais.

Com todos esses métodos procuramos ofertar às mulheres uma redução no risco de desenvolvimento do câncer do trato genital inferior, principalmente o de colo uterino, situação ainda muito grave no Brasil.