O climatério é um período da vida da mulher que compreende a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva e inicia por volta dos 45 anos na maioria das mulheres. Esse período antecede a menopausa, que é definida pela última menstruação, e costuma ser marcado por mudanças físicas, emocionais e sociais. Com o aumento da expectativa de vida, milhares de mulheres chegam a pós-menopausa e passam pelo menos 1/3 das suas vidas nessa fase.

Dessa maneira, cabe a nós ginecologistas oferecer suporte e qualidade de vida para essas mulheres nesses períodos.

Na perimenopausa, antes mesmo da menopausa, evidência-se alguns sintomas como irregularidade menstrual, fogachos, irritabilidade, entre outros.

Os sintomas mais comuns da síndrome do climatério são:

   • Somato-vegetativos: sintomas vasomotores (“calorões”) / distúrbios do sono / dores articulares e musculares / fadiga / formigamento;

   • Genitourinários: irregularidade menstrual / dor, queimação ou prurido vulvovaginal / ressecamento genital / corrimento vaginal / dispareunia / disúria / frequência e urgência urinária;

   • Sexuais: disfunção sexual (desejo, excitação e orgasmo);

   • Psicoemocionais: alterações de humor / sintomas depressivos / ansiedade / irritabilidade.

Além desses sintomas, as alterações e consequências corporais após a menopausa estão presentes nos diversos sistemas a seguir:

⁃ Peso e distribuição da gordura corporal;
⁃ Saúde óssea e risco de osteoporose;
⁃ Cartilagem e tecido conjuntivo;
⁃ Pele;
⁃ Sistema nervoso com déficits de memória;
⁃ Sistema cardiovascular com aumento do risco de doença coronariana.

O uso de hormônios pode ocorrer em toda vida da mulher, antes mesmo da primeira menstruação, na menacme, para tratamento dos sangramentos uterinos anormais, até a anticoncepção, e, finalmente, no climatério.

Apesar de muitas controvérsias ao longo da última década, a terapia hormonal (TH) no climatério é considerado o tratamento mais eficaz para os sintomas decorrentes da falência ovariana e os seus benefícios superam os riscos na maioria das mulheres sintomáticas, quando utilizado no período correto e após avaliação de cada paciente.